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Aspectos históricos matemáticos

Nossos ancestrais, talvez tenham surgido há cerca de 2 milhões de anos na Ásia, sendo que não se sabe ao certo quando vieram a se tornarem seres humanos. Também o momento em que os homens passaram a comunicar-se entre si é de difícil determinação, mas é certo que é o único animal que conseguiu, através de seus desenhos, transmitirem seus conhecimentos acumulados de geração em geração aos seus descendentes.
O uso do fogo pelo homem faz parte do seu desenvolvimento cultural, a percepção de noções primitivas como a diferença entre o circulo da lua e a reta de um osso, entre um animal e uma rebanho, uma arvore e uma floresta, fazem parte das primeiras noções de números, formas e quantidades diferentes. Mesmo sem conhecer um sistema numérico, o homem primitivo tinha uma idéia nítida e clara, para indicar uma quantidade de dois, três, quatro ou cinco elementos usando-se os dedos das mãos nas suas comparações. Foi a partir da percepção da sua própria anatomia e das necessidades adjacentes, como contar o número de ovelhas em um rebanho, que o homem, durante o surgimento das primeiras civilizações, desenvolveu os primeiros conceitos matemáticos.
As civilizações primitivas que mais contribuíram para o desenvolvimento da matemática foram: os babilônios (contribuições na álgebra); os gregos (geometria); os hindus (nosso sistema de numeração); os árabes (álgebra); os egípcios (trigonometria); dentre alguns outros.
Concentrando nossa atenção nos egípcios, uma das mais célebres civilizações do passado, que ficou marcada com a construção das grandes pirâmides, que se conservam até os dias atuais, atingiram seu ápice por volta de 2500 ac, essa civilização tinha como base da economia a agricultura que era beneficiada com as férteis terras as margens do rio Nilo.
Os conhecimentos matemáticos deixados pelos egpicios foram encontrados através de papyrus(documentos manuscritos). Uma das grandes contribuições está o estudo de frações que surgiu no Egito às margens do rio Nilo, pela necessidade de se realizar a marcação das terras que se encontravam a margem do mesmo. No período de junho a setembro, o rio inundava essas terras, levando parte da marcação. Logo, os proprietários destas terras tinham que remarcá-las. A marcação destas terras era realizada pelos geômetras dos faraós, que utilizavam cordas como unidade de medida, denominados estiradores de cordas.
A marcação era realizada da seguinte maneira: esticava-se as cordas e assim se observava quantas vezes aquela unidade de medida estava contida no terreno. Como a medida dos terrenos, na sua maioria, não era dada exatamente por números inteiros, surgia então a necessidade de um novo conceito de número, o número fracionário.
Os egípcios usavam frações unitárias, ou seja, com o numerador um dividido por um número inteiro, como por exemplo: ½, 1/3, ¼,... Eram denominadas frações egípcias.
As frações unitárias eram representadas por inscrições hieroglíficas, como exemplo a fração 1/8 era representada da seguinte maneira .Todas as frações tinham este sinal oval na parte superior, e o outro número com sua respectiva representação, como 1/20 que era representado por
Encontramos em alguns registros, a substituição do sinal oval por um ponto, colocado sobre uma cifra, como no Papiro de Ahmes, a fração 1/8 é representada como e 1/20 como .